segunda-feira, 10 de setembro de 2012

VASCO 0X4 BAHIA Por Cesar Augusto Mota


G4 é consolação

Bom dia a todos os amigos vascaínos que sempre prestigiam a Gang do Bacalhau. Foi uma partida ontem para ficar perplexo e esquecer rapidamente do que aconteceu, mas neste espaço farei uma síntese do que foram os 4 a 0 sofridos contra o Bahia, adversário não tão ruim como pensávamos.
Nosso elenco, que já é escasso e não possui muitas peças de qualidade, sofreu com algumas baixas para o jogo diante do Bahia: Dedé servindo a seleção, Wendel e William Matheus suspensos e Auremir e Felipe lesionados. Dificuldades para Cristóvão montar o time titular e até completar o banco, era a prévia de que a partida não seria nada fácil, além de enfrentar um time atormentado pela ameaça de rebaixamento a toda rodada. Entrou o jovem Luan na vaga de Dedé, Jhon Cley no meio campo ao lado de Juninho e surpreendentemente Fabrício deslocado para a lateral esquerda, já que nem Thiago Feltri estava à disposição da comissão técnica.
Depois que a bola rolou, foi um Vasco desorganizado, perdido e sem padrão tático em campo, facilmente dominado pelo adversário, que tinha as bolas roubadas facilmente e os espaços inteiramente fechados, o que dificultou na armação de jogadas e chances claras de gol, que foram mínimas. As oportunidades surgiam com bolas levantadas, mas todas as cabeçadas de Alecsandro foram sobre o gol do Bahia. Algumas arrancadas de Éder Luis pelo lado direito até que ocorriam, mas a defesa baiana estava forte na partida e não permitia que o camisa 7 subisse, mas ele arrumava alguns escanteios. Nada dava certo, e justamente após o Vasco cobrar um escanteio, o Bahia roubou a bola com Souza e foi rápido para o ataque, com Jones Carioca subindo e driblando rapidamente Luan e cruzando para Souza fazer 1 a 0. Um gol que abalou a equipe, e não mais conseguiu se encontrar na partida.
A marcação estava frouxa e os constantes erros de passe de Fellipe Bastos já armavam contra-ataques fatais, se não fosse Fernando Prass a goleada teria sido ainda maior. Juninho não podia carregar o time nas costas, ele sozinho não faria milagre no meio campo, e a apatia do time com o segundo e logo depois o terceiro gol anunciavam que seria uma noite trágica para os pouco mais de 7 mil vascaínos que estavam em São Januário. E os garotos da base que foram lançados às pressas no time titular devido aos desfalques sentiram a pressão ontem em jogar nos profissionais do Vasco e correm risco de serem queimados, o que seria uma pena para atletas talentosos e em formação.
Passada a derrota, os questionamentos são: fazer o que para o Vasco não mais despencar da tabela? Demitir e trazer um novo técnico? Que outros jogadores poderiam vir e para quais posições? Só trocar o comando resolve? Muita coisa foi discutida numa reunião entre a diretoria do Vasco logo após o revés, e foi decidido que Cristóvão continua no comando técnico do Vasco. Na minha opinião, mudar de treinador e sem reforços, não adiantaria de muita coisa, nem se chegasse Marcelo Oliveira ou José Mourinho o Vasco com Diego Rosa, Fellipe Bastos, Wiliam Matheus e Auremir jogariam mais do que podem. O momento é crítico, bastante tenso e alguma solução tem que aparecer, se a torcida não continuar a protestar, exigir mudanças e a diretoria não mudar nada vamos cair ainda mais na classificação, e agora G4 se tornou nossa realidade e preocupação até o fim do campeonato. Classificação para a Libertadores não é só uma obrigação, acaba sendo um consolo para um grupo que há tempos consegue ficar entre os melhores do torneio e com muitos problemas no dia-a-dia para se administrar, como controlar os egos dos atletas, salários atrasados e o encontro de peças que se encaixem no esquema tático e façam a equipe forte e competitiva. Juntar os cacos e vencer o Palmeiras na quarta-feira. SV!

Cesar Augusto Mota.
@rasecmotta11

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